Deep Purple confirma show em Curitiba

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Deep Purple, um dos maiores nomes da história do rock mundial, está de volta ao Brasil pela 13º vez e Curitiba está confirmada na rota da mais nova turnê do grupo pela América do Sul.

A banda inglesa se apresentará no dia 23 de abril, na Live Curitiba. As lendas Ian Gillan (vocal), Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria), Don Airey (teclado) e Simon McBride (guitarra) prometem mostrar que estão longe da aposentadoria e executar irretocável performance na capital paranaense.

No repertório, não devem faltar hinos como “Perfect Strangers”, “Smoke on the Water”, “Black Night”, “Highway Star”, “Lazy”, “Space Truckin”, entre outros. Esta é mais uma realização da Opus Entretenimento e tour assinada pela Mercury Concerts.

A pré-venda de ingressos exclusiva para associados do Clube Opus começa no próximo dia 31 de janeiro, a partir das 10h. A abertura de venda para o público em geral acontece no dia 1 de fevereiro, às 10h. 

Os ingressos estão à venda pela plataforma uhuu.com e pontos autorizados. Os ingressos de MEIA-SOLIDÁRIA garantem 50% de desconto, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível e/ou 1kg de ração não perecível para pet (cachorros ou gatos) a serem entregues no dia do evento. Mais informações no serviço abaixo.

A produção do evento não se responsabiliza por bilhetes adquiridos fora dos canais de venda oficiais.

Ao lado de Black Sabbath e Led Zeppelin, o Deep Purple é um dos pioneiros do heavy metal e influência direta na sonoridade de nomes como Metallica, Iron Maiden, Def Leppard, Judas Priest, Queen, Aerosmith, Van Halen, Alice in Chains, Bon Jovi, Europe, Rush, Motörhead, Dream Theater, Opeth, Rammstein, Faith No More, entre outros.

Vale a pena lembrar que o Deep Purple é uma das atrações do festival Monsters of Rock, ao lado de Kiss, Scorpions, Helloween, Saxon, Symphony X e Doro. A edição brasileira acontece no dia 22 de abril, no Allianz Parque, em São Paulo.

 

A BANDA – O Deep Purple foi formado no final dos anos 60, tendo como primeira formação Rod Evans (vocais), Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclado), Nick Simper (baixo) e Ian Paice (bateria). O título da banda foi tirado da música favorita da avó de Blackmore. O primeiro disco, “Shades of Deep Purple”, foi lançado em setembro de 1968. Recheado de regravações (incluindo versões progressivas de “Help!”, dos Beatles, e “Hey Joe”, de Jimi Hendrix), o disco estourou nas paradas de sucesso dos Estados Unidos com uma música de Joe South: “Hush”, o primeiro single da banda. Em dezembro daquele ano, quando o segundo disco (“The Book of Taliesyn”) já havia sido lançado, eles fizeram sua primeira turnê na América, acompanhando o Cream. O segundo disco também trazia regravações, como “River Deep, Mountain High” (sucesso na voz de Tina Turner), “We Can Work it Out” (Beatles) e “Kentucky Woman” (Neil Diamond).

Em 1969, Blackmore e Lord estavam descontentes com o trabalho do grupo. Ambos queriam uma nova sonoridade, mas consideravam que a voz de Evans não acompanharia as mudanças. O terceiro disco do grupo, chamado “Deep Purple”, reflete a tensão de uma banda que tinha os pés no rock inglês dos anos 60 e a cabeça em algo que ainda estava por ser criado. Sob convite do baterista Mick Underwood, em 24 de junho, Blackmore e Lord foram conferir uma apresentação do grupo Episode Six, cujo vocalista era Ian Gillan. Blackmore, Lord e Paice combinaram um teste com Ian Gillan. Ele levou seu amigo Roger Glover, baixista também do Episode Six. Juntos, os cinco gravaram o single “Hallellujah”, no dia 7 de junho. Aprovados os dois, o Deep Purple passou a ter vida dupla. Durante o dia, a segunda formação ensaiava no Hanwell Community Centre; à noite, a primeira formação continuava se apresentando como se nada estivesse ocorrendo.

O terceiro disco tinha acabado de ser lançado na Inglaterra quando a nova formação, com sua proposta sonora mais ousada, estreou. O novo Deep Purple era elétrico e explosivo, e isso ficaria muito claro no primeiro disco da nova formação – “In Rock”, lançado em abril de 1970. Logo depois viria “Fireball”, que mantém a eletricidade mas envereda por um caminho mais experimental. Os shows da turnê de 1971 mostram uma banda mais madura e mais ousada. É nessa turnê que Ian Gillan começa a fazer duelos de sua voz com a guitarra de Blackmore, por exemplo.

O passo seguinte na experimentação do Deep Purple seria gravar um disco de estúdio feito nas mesmas condições de uma apresentação ao vivo. Todos juntos, num mesmo ambiente, criando e gravando juntos como nas longas jams instrumentais que eles faziam no palco. Em dezembro de 1971, eles haviam achado o local certo para criar e gravar esse disco: Montreux, na Suíça. Inicialmente, ele seria gravado no grande cassino da cidade, onde tradicionalmente havia apresentações musicais, mas ele pegou fogo. O grupo ocupou então o Grande Hotel de Montreux. Esse trabalho é tão importante na carreira da banda, que até hoje todos os shows do Deep Purple contêm ao menos quatro das sete músicas do disco “Machine Head”, lançado em 1972.

O ano de 1972 foi movimentadíssimo, e nele o Deep Purple chegou pela primeira vez ao Japão, onde foi gravado seu mais famoso disco ao vivo, “Made in Japan”. Na Itália, o grupo também preparava a gravação de “Who Do We Think We Are”. O ritmo de trabalho da banda, porém, custou caro a eles. Por diversas vezes, membros do grupo ficaram doentes. O guitarrista Randy California chegou a substituir Blackmore em um show, e Roger Glover substituiu Gillan em outro. Os relacionamentos entre os membros – e especialmente entre Gillan e Blackmore – também não iam bem. Em dezembro, Gillan entregou seu pedido de demissão, avisando que deixaria o grupo no final de junho de 1973, dando aos empresários e aos colegas seis meses para decidir o que fazer do grupo.

Em 29 de junho de 1973, na segunda viagem do grupo ao Japão, Ian Gillan avisa que seria o último show do Deep Purple com aquela formação. Glover também deixou o grupo, passando a se dedicar à produção, no departamento artístico da Purple Records – a gravadora do grupo. Em busca de um novo vocalista, os empresários do Deep Purple não paravam de receber fitas de novos artistas. Uma delas foi enviada por um rapaz de vinte e um anos: David Coverdale. O teste de Coverdale ocorreu em agosto de 1973. Durante seis horas, eles tocaram material do Deep Purple e canções mais conhecidas, como “Long Tall Sally” e “Yesterday”. Quando Coverdale foi para casa, o restante do Deep Purple decidiu que ele seria o novo integrante da banda. Em novembro, foi gravado o disco “Burn”, e a nova equipe estreou no palco em 8 de dezembro, na Dinamarca.

Em 1975, durante a turnê de lançamento do disco “Stormbringer” na Europa, Blackmore deixou o grupo para criar uma nova banda, o Rainbow, sendo substituído por Tommy Bolin. Em março de 1976, em Liverpool, David Coverdale desabafa com Lord: não havia mais clima para continuar com o Deep Purple. Lord desabafa de volta: não havia mais um Deep Purple para continuar. Criada oito anos antes, a banda encerra sua carreira. Oito meses depois, Bolin morreria de overdose no Resort Hotel de Miami, após uma apresentação. Durante oito anos o Deep Purple permaneceria fora do ar e seus membros partiram para carreiras solo.

Em 1984, é anunciada a volta do Deep Purple com a sua formação de maior sucesso, com Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord. É lançado o primeiro disco de inéditas desde 1975, chamado “Perfect Strangers”, que foi seguido por “The House of Blue Light”, de 1987. Das turnês destes dois discos, sai o ao vivo “Nobody’s Perfect”, lançado em 1988. Em 1989, Gillan decide sair novamente da banda, e em seu lugar entra o vocalista Joe Lynn Turner. Com ele a banda gravaria “Slaves and Masters”, e sairia em turnê mundial, vindo pela primeira vez ao Brasil. A banda termina a turnê no fim de 1991, e em 1992, começa a gravar o que se tornaria o álbum “The Battle Rages On…”. Este álbum foi inicialmente gravado e escrito com Joe Lynn Turner ainda na banda, mas no meio de setembro de 1992, Joe é despedido do grupo e em seu lugar entra novamente Ian Gillan, que regravaram as canções.

Em dezembro de 1993, após a saída de Ritchie Blackmore devido a conflitos constantes sobre o estilo musical a ser seguido, Joe Satriani foi convidado a integrar a banda e juntou-se ao Purple para participar da turnê internacional pelo Japão e Europa. Após este concerto, Satriani deixou o Purple e cedeu o lugar para o guitarrista Steve Morse, que ocupa o lugar até hoje. A banda se revitaliza e volta com o “Purpendicular”, de 1996, e “Abandon” em 1998. Em 2002, o tecladista Jon Lord decide abandonar a estrada, e em seu lugar entra Don Airey, com quem o grupo lançaria “Bananas”, em 2003, e “Rapture of the Deep”, em 2005.

Em abril de 2008, os alunos da London Tech Music School, uma das mais conceituadas escolas de música da Grã-Bretanha e de onde saíram integrantes de bandas como o Radiohead, The Kinks e The Cure, elegeram o clássico “Smoke on the Water”, um dos maiores sucessos da banda, como o maior riff de todos os tempos na história do rock, na frente de outros clássicos como “Whole Lotta Love” do Led Zeppelin, “Smells Like Teen Spirit” do Nirvana, “My Generation” do The Who, “Born To Be Wild” do Steppenwolf e “Iron Man” do Black Sabbath.

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