Neste mês, o OÁS, empreendimento da incorporadora GT Building e em construção pela Thá Engenharia, que será o mais alto de Curitiba, com 179 metros, atinge um marco significativo: a conclusão de sua fundação. Esta etapa, considerada a mais importante do projeto, é a base que sustentará todo o empreendimento que está localizado em frente ao Parque Barigui. Para se ter uma ideia da grandiosidade, quando a obra for concluída (previsão para abril de 2027), o OÁS será 4,7 vezes maior que o Cristo Redentor. Se a construção fosse finalizada hoje, estaria no top 10 dos prédios mais altos do Brasil, superando o último colocado nesse ranking, que alcança 172 metros.
Para sustentar os 50 andares do novo arranha-céu da capital paranaense, que pesará, aproximadamente, 70 mil toneladas, a fundação atingiu 21 metros de profundidade, o que equivale a um edifício de seis andares. Essa base é composta por três elementos principais. O primeiro é cortina de contenção em parede de diafragma, com mais de 200 tirantes estrategicamente posicionados para garantir eficiência na contenção do solo. Em composição, vem as estacas com 35 pés de profundidade, ancorando o edifício com segurança nas características geológicas específicas da região. Por fim, estão os blocos estruturais, que atingiram o total de 23.300 m³ de concreto de alto desempenho e resistência e aproximadamente 2 toneladas de aço.
Em relação à altura do empreendimento, uma série de estudos foram realizados para projetar as possibilidades de construção. Um deles é relacionado ao túnel de vento, feito por uma empresa britânica que, por meio de dados coletados por institutos de meteorologia e da posição dos edifícios vizinhos à obra, simulou um ensaio climático para deduzir o vento que atingirá o edifício e seu entorno. O resultado apontou a velocidade média dos ventos e isso serviu para descobrir o limite aceitável de conforto dentro do prédio. Outros exemplos de estudos relacionados à altura do OÁS são o de verificação do terreno e estado do solo vinculado às normas do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA).
“Para construir um edifício dessa magnitude é essencial ter uma base bem estruturada, pois a fundação oferecerá o suporte necessário para erguer o prédio. Foram realizados todos os testes e avaliações para garantir a máxima segurança da edificação, afinal, estamos falando de uma obra que terá mais de 30 mil m² construídos. O OÁS não é apenas um marco em termos de altura, mas também destaca-se pela combinação única de arquitetura arrojada e eficiência estrutural”, explica Lineu Mário Demeterco, gestor de obras da Thá Engenharia.
Um oásis em meio ao cenário urbano
Dos 50 andares do empreendimento, os últimos três se destacam como uma verdadeira área de lazer para os moradores. O 48º pavimento possui uma piscina que percorre todo o andar, juntamente com um lindo paisagismo, sauna e espelho d’água. No mesmo andar, uma área de balanço com piso de vidro permite uma vista panorâmica da cidade em 360º. Os pavimentos 49º e 50º encantam com a área gourmet, champanhe bar e uma luneta para observar as estrelas. Além desses espaços, os pavimentos 5º e 25º também serão ambientes compartilhados, repletos de facilidades para o dia a dia. Quem assina o projeto de interiores é Marcos Bertoldi, enquanto Rodrigo Oliveira é o responsável pelo paisagismo.
No campo da sustentabilidade, o OÁS anunciou que será um empreendimento Carbono Zero. Será feita a medição anual das emissões de gás carbônico juntamente com uma empresa especializada do ramo. Após auferidas, o empreendimento comprará créditos de CO² oriundos de áreas de reflorestamento e projetos de energia limpa. Ou seja, para cada tonelada emitida, haverá uma contrapartida em créditos de carbono. Além dessas boas práticas, o OÁS conta com uma série de certificações de eficiência energética de bem estar e de sustentabilidade, como a GBC Condomínio, a LEED, a PBE Edifica, a Fitwel e a Edge.
A construção do OÁS em números:
- Peso de aço: 1.850 toneladas
- Concreto: 23.300 m³ no total sendo 12.650 m³ de concreto 50 MPa
- Área de vidro: 4.800,00 m²
- Altura do prédio: 179,00 m ( 4,7 vezes o Cristo Redentor)
- 30.851 m2 construídos
- Aproximadamente 70 mil toneladas
Foto- Projeção de como ficará o OÁS Barigui, maior prédio de Curitiba – Divulgação GT Building