Coluna da Dindi :: Rafa Salomon

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Sala multissensorial: cores e texturas para turbinar a aprendizagem

Um espaço onde as crianças podem aprender brincando, explorando diferentes texturas, sons e cores: esse é o conceito por trás das salas multissensoriais. O modelo já vem sendo muito usado para desenvolvimento de crianças neuro divergentes, mas agora ganha espaço também no ambiente escolar, como ferramenta pedagógica para o ensino infantil.

É o caso, por exemplo, do Colégio Santo Anjo, em Curitiba. Uma das principais escolas do estado, com mais de 2 mil alunos nessa faixa etária, o colégio está inaugurando duas salas multissensoriais para bebês e crianças de até 6 anos – uma na unidade Anjinho e outra na Ecoville..Os espaços foram planejados e equipados para receber aulas de estimulação multissensorial, que vão trabalhar todos os sentidos, como parte da grade extracurricular.

“O trabalho na sala vai contribuir para o bem-estar e desenvolvimento das crianças. É um ambiente adaptado e enriquecedor para estimulação sensorial, regulação emocional e aprimoramento das habilidades cognitivas e sociais”, explica a professora Mônica Martins, pós graduada em Psicomotricidade e Psicopedagogia. “Estimulando visão, audição, tato, olfato e paladar, ela contribui para uma experiência de aprendizado mais rica e completa.”

Segundo a professora, ao explorar diferentes materiais e texturas, as crianças desenvolvem habilidades de resolução de problemas, criatividade e pensamento crítico. As atividades também contribuem na interação social, na comunicação e na expressão de emoções. “Além disso, brincando com diferentes materiais, os pequenos desenvolvem a coordenação motora fina e grossa. E, ao explorar diferentes sons e texturas, ampliam seu vocabulário e habilidades de comunicação”, completa a especialista.

Inclusão

As salas multissensoriais também são importantes para a inclusão de crianças neuro divergentes. Ao oferecer uma variedade de estímulos, essas salas podem ajudar crianças com autismo, TDAH e outras condições a se desenvolverem de forma mais completa. Em espaços de muito barulho, ou circulação de pessoas, elas também são uma espécie de refúgio para o reequilíbrio das crianças. Salas como essas estão instaladas, por exemplo, nos aeroportos de Congonhas (SP) e no Santos Dumont (RJ), com esse propósito.

 

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