Quem passa pela rodovia PR 182 observa um ritmo constante de obras, com homens e máquinas trabalhando em diversas frentes. Essa paisagem é comum desde o lançamento do Biopark – Parque Tecnológico do Oeste do Paraná, em 2016, e em pouco tempo, transformou a região exclusivamente agrícola em uma área urbana do município de Toledo.
Mas a transformação gerada nos últimos anos vai muito além da territorial. A educação, um dos principais pilares do Biopark, avança no desenvolvimento de novos projetos e oportunidades. “A educação é uma das nossas formas de impactar positivamente a vida das pessoas. Fazemos isso oferecendo um modelo educacional moderno, atraente aos estudantes e capaz de gerar pesquisa, inovação e novos negócios. Acreditamos que isso contribuirá para, em 20 anos ou menos, termos uma das regiões mais desenvolvidas do país”, relata o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi.
Por meio da oferta de bolsas de estudo, o Biopark Educação torna as oportunidades mais acessíveis a quem não pode pagar. “Apenas em 2024, nossa oferta de bolsas de estudos ultrapassou o montante de R$ 5 milhões. Essa iniciativa contribuiu para recebermos o grau de Entidade de Utilidade Pública de Toledo”, cita o vice-presidente do Biopark Educação, Paulo Rocha.
Com cerca de 70% dos cursos aprovados ou reconhecidos com nota máxima pelo MEC, o Biopark Educação se consolida como a melhor Instituição de Ensino Superior do Oeste do Paraná, e se destaca pelos níveis de empregabilidade. “Atualmente, mais de 86% dos nossos estudantes estão trabalhando”, frisa Paulo. Nos próximos anos, a instituição pretende ampliar em 40% o portfólio de cursos de graduação ofertados.
A partir de 2025, o Colégio Donaduzzi começará a operar, atendendo 300 alunos do ensino fundamental e médio, com um currículo que inclui um programa bilíngue e metodologias de ensino ativas e personalizadas. Outra novidade é a área dedicada ao desenvolvimento e execução de treinamentos sob demanda para empresas. “Grandes corporações como Prati-Donaduzzi, Frimesa e Coopavel já chancelam o nosso trabalho”, finaliza Paulo.
Pesquisa com resultado
Nos laboratórios do Biopark, projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) estão em andamento, visando resultados práticos. A Unidade Mista de Pesquisa e Inovação da Embrapa (UMIPI) Oeste Paranaense iniciou suas atividades no Biopark, e o projeto NAPI Alimentos Saudáveis, em parceria com o Governo do Paraná, recebeu um aporte de R$ 25 milhões para pesquisa aplicada. A área de Biomateriais e o Projeto de Queijos Finos também têm sido reconhecidos em eventos e publicações nacionais e internacionais.
Incentivo ao empreendedorismo
Desde o seu primeiro ano de operação, o Biopark oferta diversos benefícios de apoio ao empreendedorismo. Ao longo dos anos, as oportunidades foram sendo aprimoradas e ampliadas, contemplando desde pessoas que buscam tirar uma ideia do papel, até empresas já consolidadas no mercado.
Atualmente, mais de 200 negócios fazem parte dos programas oferecidos pelo Biopark e mais da metade deles estão presentes no território, ocupando o coworking, escritórios exclusivos, laboratórios e barracões industriais. “Nosso grande foco nessa área a partir de agora estará em fomentar o empreendedorismo no Biopark, buscando e desenvolvendo empresas e empreendedores do zero por meio dos programas de incubação e aceleração”, destaca Victor.
Com ampliação constante das estruturas, um novo prédio empresarial deve ser construído em breve com foco em atender empresas da área de tecnologia. No centro industrial Arno Donaduzzi, mais de uma dezena de barracões já abrigam empresas de base produtiva. “No Biopark, possuímos áreas muito favoráveis para a instalação de empresas que necessitam de grandes espaços com ótima localização. Um exemplo disso é a Prati-Donaduzzi que possui uma área construída com mais de 14 mil m2 onde funciona seu centro de distribuição”, acrescenta o presidente do Biopark.
Estrutura e segurança
Com a primeira fase do loteamento universitário finalizada, o Biopark está se tornando um endereço residencial para estudantes, trabalhadores das empresas instaladas, além de moradores ‘orgânicos’, e já conta com serviços como mercearia, academia, venda de produtos orgânicos e uma farmácia em fase de inauguração.
“Estamos voltando uma atenção especial aos ambientes que integram toda a vida que circula hoje no Biopark. Neste ponto, entram as praças, parques, ciclovias, pistas de caminhada e áreas de descanso e para eventos. São espaços que contribuem para o aumento da qualidade de vida, além de atraírem pessoas para o Biopark. Pretendemos em breve apresentar o projeto de um novo espaço de lazer que com certeza beneficiará não apenas os moradores de Toledo, mas também das cidades vizinhas do Biopark”, adianta Donaduzzi.
Para garantir a segurança, está em desenvolvimento um projeto de monitoramento e segurança para o território por meio de vigilância eletrônica, com câmeras com capacidade de leitura de placas dos veículos, interligado diretamente com a Guarda Municipal de Toledo.
Crescimento estruturado
Victor destaca que o rápido crescimento do Biopark requer atenção especial às estruturas internas, que permitem o andamento de todas as frentes do empreendimento. “Estamos consolidando o time de colaboradores e implantando algumas tecnologias para melhorar a gestão e a governança. São ações necessárias para darmos passos sólidos em direção ao futuro”.
Segundo o presidente, os próximos meses devem ser marcados por grandes entregas e início de importantes obras. “No último ano a equipe focou em projetos para a liberação de obras que são essenciais para o desenvolvimento estruturado do Biopark. Devemos iniciar a construção da trincheira sob a PR-182 que trará mais segurança no acesso ao Biopark e no trânsito entre as áreas divididas pela rodovia. Também temos a previsão de iniciar a primeira fase do trecho que chamamos de Eixão, que fará a ligação rodoviária urbana até o centro de Toledo. Outro importante projeto de engenharia para o qual estamos dedicando grande energia para que se torne realidade em breve é o hospital”, frisa Victor.