Comer é considerado um comportamento aprendido e para isso necessita de alguns pré-requisitos, assim como um ambiente que promova experiências e modelos positivos para que o processo aconteça da melhor maneira.
A alimentação responsiva é um modelo sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que indica autonomia da criança e uma parentalidade que respeita os sinais internos de fome e saciedade, além de reconhecer e valorizar o papel dos pais e cuidadores nesse processo de aprendizado que impacta ao longo da vida das crianças. Segundo a entidade, esses fatores contribuem, inclusive, para o controle da obesidade.
São quatro pontos-chave que caracterizam os princípios da alimentação responsiva e reforçam que o alimento da criança deve ser servido em prato separado, para que a mãe ou outra pessoa que esteja alimentando-a possa ver o quanto de alimento ela está ingerindo. São eles:
● Alimentar a criança pequena diretamente de forma lenta e pacientemente e encorajá-la a comer, mas não forçá-la;
● Se houver muita recusa dos alimentos por parte da criança, experimentar diferentes combinações de alimentos, texturas, gostos e métodos de encorajamento;
● Evitar distrações durante as refeições como TV, telas, barulho, brincadeiras em excesso;
● Lembrar que a hora da alimentação deve ser um período de aprendizado e amor, por isso é importante falar com a criança durante a refeição, manter contato visual e estimular para que ela toque nos alimentos e leve-os à boca.
Por outro lado, a alimentação não responsiva aponta um comportamento no qual os pais não se envolvem muito no processo de alimentação dos filhos ou acabam realizando um controle alimentar, que está relacionado à restrição ou pressão para que a criança coma. Essas práticas não responsivas podem interromper a resposta da criança à percepção dos seus sinais internos de fome e saciedade e ainda levar à recusa e às dificuldades alimentares, além do descontrole do peso e transtornos alimentares.
“É necessário que se estabeleça entre a criança e o cuidador o que chamamos de Responsive Feeding (RF), ou seja, a alimentação responsiva, visando o desenvolvimento de uma relação de conforto, confiança e competência com os alimentos e com o momento da refeição, baseado em uma conexão entre todos”, explica a fonoaudióloga Dra. Patrícia Junqueira, fundadora e diretora do Instituto de Desenvolvimento Infantil, especialista em avaliação e reabilitação de bebês e crianças com dificuldades alimentares.
Ela ainda complementa dizendo que a alimentação responsiva é considerada a melhor prática de alimentação pela Academia Americana de Pediatria e pela Organização Mundial da Saúde e tem como foco três necessidades fundamentais: a Autonomia, que está relacionada ao agir voluntário da criança diante de uma pressão; a Competência, ligada aos tipos de alimentos oferecidos e métodos de alimentação que devem estar alinhados com o nível de maturação e desenvolvimento das crianças; e Relacionamento, que consiste na própria relação entre pais e filhos, o cuidado, a conexão e a importância das refeições em família.
“Nesse sentido, os pais precisam receber informações com orientações sobre como contribuir com o aprendizado alimentar de seus filhos, promovendo saúde e prevenindo doenças, entre elas a obesidade”, completa Dra. Patrícia.
Fundado em 2015, o Instituto de Desenvolvimento Infantil é referência na área e tem como diferencial um diagnóstico integrado da alimentação, com atendimento realizado por uma equipe multidisciplinar que envolve fonoaudióloga, nutricionista, psicóloga e fisioterapeuta para que a alimentação seja estudada e entendida da maneira mais completa possível. Os profissionais atendem crianças não apenas do Brasil, como também de países como Angola, Portugal, Japão, Londres, Itália, Estados Unidos, entre outros.
Dra. Patrícia Junqueira | @institutoinfantil
Fonoaudióloga pela PUC-SP com 33 anos de experiência clínica
Doutora em Distúrbios da Comunicação pela UNIFESP
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela PUC-SP
Especialista em Motricidade Orofacial pelo CFFa
Idealizadora e Diretora do Instituto de Desenvolvimento Infantil
Palestrante Internacional
Autora do livro: “Por que meu filho não quer comer? Uma visão além da boca e do estômago” – o primeiro livro no Brasil a trazer um olhar integrado e responsivo para alimentação infantil, traduzido para o espanhol e para o italiano.
Atua na avaliação e reabilitação de bebês e crianças com dificuldade alimentar com uma abordagem integrada e responsiva.
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