Quem ainda não conhece o Otelo é uma excelente pedida para aproveitar a época de fim de ano, quando a cidade está especialmente mais calma. A atmosfera do bar traz a memória afetiva de um lugar do passado que a gente já frequentou um dia. Aliás, o conceito da casa nasceu assim: das boas recordações. O nome, “Otelo”, é uma homenagem do dono a uma pessoa muito querida na sua juventude, no interior do Paraná. Um boêmio à moda antiga, que ia para os bares da cidade e conhecia todo mundo, não arrumava confusão com ninguém. Tratava os garçons pelo nome e dava gorjetas generosas. Um senhor boa-praça, cordial, com um sorriso no rosto e sempre impecavelmente vestido num terno de linho. A gravata borboleta era sua marca pessoal e acabou sendo incorporada na logomarca do bar.
O ambiente harmoniza presente e passado. Os garçons, todos com mais de 40 anos de experiência, atendem no salão com chão xadrez preto e branco, mesas e cadeiras de madeira. Nas paredes, os quadros alternam fotos antigas e recortes de jornais dos tempos de outrora. O detalhe mais moderno do bar são as duas televisões passando jogos esportivos… tudo que tem no Otelo veio das pesquisas e da experiência do dono da casa como botequeiro raiz.
O cardápio oferece petiscos variados que vão dos canudinhos de maionese aos bolinhos de bacalhau. Na parte das bebidas, além do já citado chope da Brahma, bem tirado com colarinho profissional, tem bebidas variadas, para todos os gostos, desde o caipirão de caju, passando pelas cervejas de garrafa estupidamente geladas e, também com os drinques tradicionais, como o Rabo de Galo.
Mas o bar tem muito mais. Quem for ao Otelo vai poder escolher entre petiscar – não falta a tradicional Carne de Onça, pasteizinhos, Camarão Crocante à Doré e outros “belisquetes” – ou fazer uma refeição caprichada. E aí entram os “pratos de resistência” como a Polenta Brustolada à Parmeggiana, o Filé à Oswaldo Aranha, entre outras opções com “sustância”, para fortalecer o cliente. Uma curiosidade: as únicas novidades gastronômicas estão nas sobremesas: o “Chopp de Colher (que é uma gelatina com mousse de maracujá) e o “Pavê de Caipirinha”, criações da jovem chef Indianara Barbosa, que comanda a cozinha do bar.
Para alegria dos botequeiros de Curitiba, o Otelo não vai fazer recesso prolongado neste fim de ano. As paradas serão curtas e estratégicas: dia 25/12 e 01/01, no resto da semana a casa vai atender normalmente, isto é de terça a sexta, a partir das 16 horas, e aos sábados, começando ao meio-dia com feijoada e música ao vivo. O empresário Ewerton Antunes segue os mandamentos dos melhores botequins do país que é não deixar ninguém com sede, principalmente no verão: “Aqui será um porto seguro da cidade. Nosso chopp da Brahma bem gelado e cremoso está à espera dos nossos fregueses”, convida.
Serviço: Bar Otelo – atendimento de fim de ano
Alameda Carlos de Carvalho, 625 – Centro
Capacidade da casa: 70 lugares.
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 16 às meia-noite – exceto segunda 25/12 e 1º de janeiro.
Aos sábados das 11h30 à meia-noite. Domingo não abre.
fotos- bárbara magalhães