A temporada de festas chegou e com isso a má alimentação é um fator de risco para várias pessoas que convivem com doenças relacionadas à ingestão de alimentos. No caso da diabetes (diabetes mellitus), doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina no corpo, é vital manter bons hábitos de saúde. Quando fica fora de controle, o diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. No Paraná, um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, com dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, mostra que os números de atendimentos têm crescido constantemente nessa década. No estado, a diabetes ocupa a 3ª posição como causa de mortalidade prematura em pessoas de 30 a 69 anos, numa série histórica de 2018 a 2022.
A causa da doença ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis. O diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diferentes variações, como o tipo 1, tipo 2, pré-diabetes e diabetes gestacional.
Segundo a Nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, Daniele Cristina Fava, receber o diagnóstico de diabetes mellitus pode ser desafiador, mas é o primeiro passo em uma jornada rumo a uma vida mais saudável. “É vital a busca por uma orientação de um nutricionista para criar um plano alimentar personalizado que se adapte as necessidades dos pacientes. Além disso, é imprescindível identificar alimentos que afetam a produção de glicemia e que busquem o equilíbrio necessário. Assim, em um primeiro momento, buscamos a troca de alimentos processados por opções frescas e integrais, facilitando a mudança de hábito”, completa.
Existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de diabetes e a maioria está ligada a ausência de hábitos saudáveis, como pressão alta, sobrepeso e colesterol alto. “A mudança de postura geralmente não é fácil e precisa ser realizada a longo prazo de maneira vagarosa para não gerar impacto direto a autoestima do paciente”, reitera a nutricionista.
Pensando no bem-estar e o controle da doença a alimentação balanceada é considerada a maneira menos invasiva no combate da doença. Assim, a profissional elencou dicas indispensáveis para quem busca novos hábitos alimentares:
- Carboidratos Complexos: Opte por grãos integrais, legumes e verduras.
- Fibras em Alta: Inclua alimentos ricos em fibras para ajudar no controle da glicemia e promover a saciedade.
- Equilíbrio nas Refeições: Cada refeição deve conter proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis.
- Controle de Porções: Atenção ao tamanho das porções é essencial para evitar excessos. Fracionar as refeições se torna importante para minimizar o risco de hiperglicemias. Sendo assim, é crucial fazer ao menos 5 refeições ao dia e não pular o café da manhã.
O suporte psicológico para quem é diagnosticado com a doença também é outro fator a ser considerado para lidar com as emoções após o diagnóstico. Além da busca por um psicólogo, é importante o apoio familiar, devido a mudança dos hábitos alimentares. “A diabetes é gerenciável. Com paciência e apoio adequado, os pacientes podem transformar seus hábitos alimentares e estilo de vida. O essencial é contar cada passo na sua jornada pela saúde em busca da mudança e não hesitar na busca por ajuda profissional sempre que necessário”, conclui Daniela. Além disso, a diabetes necessita de um acompanhamento multiprofissional com diversos profissionais da área da saúde, como um clínico geral ou endocrinologista.
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