Coluna da Dindi :: Rafa Salomon

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Jovem pianista israelense interpreta o segundo ‘Concerto para piano’ de Beethoven

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

Entre quinta-feira (16/mai) e sábado (18/mai), a Osesp recebe pela segunda semana o Artista em Residência da Temporada 2024, o israelense Tom Borrow. O jovem prodígio interpretará, desta vez, o Concerto para piano nº 2 de Beethoven. Na próxima semana, ele encerra o ciclo com o terceiro Concerto para piano do mestre alemão.

Tendo à frente seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, nossos músicos interpretam, ainda, a contemporânea Umoja – Anthem of unity [Hino da união], da norte-americana Valerie Coleman, e a exuberante Sinfonia Alpina, de Richard Strauss. A apresentação de sexta-feira (17/mai), às 20h30, será transmitida ao vivo no YouTube da Osesp.

E no domingo (19/mai), às 18h, o Coro da Osesp realiza seu primeiro concerto do ano, com regência do jovem maestro Luiz de Godoy. O repertório, todo de inspiração religiosa, tem como destaque dois compositores negros lusófonos: o português Vicente Lusitano, renascentista do século XVI, e o brasileiro José Maurício Nunes Garcia, nascido no século XVII. Ambos foram teóricos musicais e escreveram principalmente música sacra, já que eram padres católicos (Lusitano, mais tarde, converteu-se ao protestantismo).

Sobre o programa
Escrita pela flautista e compositora Valerie Coleman (1970-), Umoja significa “união” em suaíli e representa o primeiro princípio da Kwanzaa, uma celebração da diáspora africana. Originalmente, a obra era uma canção simples para um coral de mulheres. Encarnava uma “unicidade tribal”, sentida através de um círculo de tambores, e inspirava o compartilhamento da história na tradicional forma de pergunta e resposta ou pela repetição de uma melodia memorável. A obra foi rearranjada para quinteto de sopros durante a gênese do grupo de câmara da própria compositora, Imani Winds, com a intenção de fornecer um hino que celebrasse as ancestralidades diversas dos membros do grupo.

A gênese do Concerto para piano nº 2, de Ludwig van Beethoven (1770-1827), se estende por mais de dez anos e é difícil reconstruí-la em detalhes. Só em 1798, depois de ter tocado o concerto várias vezes, Beethoven escreveu a partitura inteira. Foi o segundo concerto a ser publicado, mas o primeiro a ser composto, se não considerarmos o inacabado concerto em Mi Bemol Maior, de sua juventude. O compositor chegou a escrever para o seu editor sugerindo um preço menor pelo concerto, já que ele próprio não o considerava uma de suas melhores obras. Isso se reflete, de fato, nas salas de concertos, já que até hoje é o menos executado.

Apesar de seu título, a Sinfonia Alpina é, em sua estrutura, um poema sinfônico — gênero explorado com maestria por Richard Strauss (1864-1949) e que consiste em uma obra orquestral, em movimento único, que alude a um conteúdo extramusical, como uma obra literária. Trata-se da escalada e da descida de uma montanha nos Alpes, do alvorecer ao anoitecer, apresentadas em 22 seções interligadas e intituladas segundo os eventos e paisagens do caminho; paisagens que o compositor conhecia bem, pois, de 1908 até sua morte, residiu em Garmisch-Partenkirchen, região dos Alpes Bávaros. A obra faz, ainda, alusão às aventuras de juventude do próprio Strauss por aquelas montanhas.

Tom Borrow
Nascido em Tel Aviv, em 2000, Tom Borrow iniciou seus estudos no Conservatório de Música de Givatayim e na Escola de Música Buchmann-Mehta, frequentando ainda o Centro de Música de Jerusalém. Recebeu aclamação do público e da crítica após ser chamado com apenas 36 horas de antecedência para substituir a renomada pianista Khatia Buniatishvili em uma série de 12 concertos com a Filarmônica de Israel, em 2019. Em 2021, após estreia muito elogiada junto à Orquestra de Cleveland, a Musical America o indicou como “Novo Artista do Mês”. Nomeado Artista da Nova Geração da BBC, apresenta-se no regularmente no Wigmore Hall. Estreou em 2022 na BBC Proms, no Royal Albert Hall. Dentre suas distinções, destacam-se o Prêmio Terence Judd-Hallé Orchestra [2023], o Concurso de Jovens Artistas da Rádio Israelense e da Sinfônica de Jerusalém, além do prêmio “Maurice M. Clairmont” [2018], concedido pela America-Israel Cultural Foundation e pela Universidade de Tel Aviv. Seus compromissos recentes incluem a Orquestra de Cleveland, as Sinfônicas Nacional Dinarmaquesa, de Milão, de Baltimore, de Atlanta, de St. Louis e da BBC, as Filarmônicas Tcheca e de Londres, além das orquestras do Konzerthaus de Berlim e de Viena e a própria Osesp.


PROGRAMAS

A ESCALADA RUMO AO TOPO COM RICHARD STRAUSS
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
THIERRY FISCHER REGENTE
TOM BORROW PIANO [Artista em Residência]
Valerie COLEMAN | Umoja – Anthem of unity [Hino da união]
Ludwig van BEETHOVEN | Concerto para piano nº 2 em Si bemol maior, Op. 19
Richard STRAUSS | Sinfonia alpina, Op. 64

“CANTE AO SENHOR” COM O CORO DA OSESP
CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
LUIZ DE GODOY REGENTE
FERNANDO TOMIMURA PIANO
JULIANA RIPKE PIANO
GABRIEL LEVY ACORDEON
Vicente LUSITANO | Heu me, Domine [Ai de mim, Senhor]
Sir William HARRIS | Faire is the Heaven [Justo é o céu]
Roxanna PANUFNIK | Missa de Westminster: Deus, Deus meus
Pierre DE LA RUE | O Salutaris Hostia [Ó hóstia da salvação]
Vicente LUSITANO | Regina Coeli [Rainha do céu]
Nunes GARCIA | Christus factus est, CPM 193 [Ele foi ungido]
Józef SWIDER | Da pace Domine [Dê paz, ó Senhor]
MENDELSSOHN-BARTHOLDY | Três Motetos, Op. 69: 1. Nunc dimittis – Herr, nun lässest du [Senhor, agora permites]
Eurico CARRAPATOSO | Magnificat em talha dourada: Ó meu menino
Osvaldo LACERDA | Romaria
Camille van LUNEN | O Mare Nostrum


SERVIÇO

16 de maio, quinta-feira, às 20h30
17 de maio, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
18 de maio, sábado, às 16h30
19 de maio, domingo, às 18h00 [Coro da Osesp]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares 
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 [Osesp] e R$ 39,60 [Coro da Osesp] (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
 

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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